A PRECE DO CÃO
Trata-me com carinho, meu amado mestre
´pois nenhum coração em todo o mundo
será mais agradecido que o meu.
Não tente me educar com pancadas,
pois embora eu possa lember-lhe as mãos entre um golpe e outro,
a sua paciência e compreensão ensinar-me-ão mais rapidamente
as coisas que espera que eu aprenda.
Fale-me muito, pois sua voz é múdica do meu mundo,
como pode perceber, pelos sacolejos de minha cauda,
quando ouço seus passos.
Quando o tempo está frio e chuvoso,
conserva-me dentre de casa, pois sou animal doméstico,
sem preparo para enfrentar as intempéries do tempo,
e a minha maior glória será o privilégio de sentar-me a seus pés.
Conserva minha vasilha com água fresca,
pois além de não poder reclamar quando ela está seca
também não posso dizer-lhe quando tenho sede.
E, mestre.
quando eu estiver bem velho
se o PODESO me privar de saúde e visão,
Por favor,
Não me vire as costas...
faça-me o bem de deixar que a minha vida
de dedicaçao e fidelidade,
possa se extinguir suavemente,
porém não me deixe sofrer ,
e eu o farei sentir
com meu último alento,
que sempre me senti seguro,
em suas mãos.
AMÉM
domingo, 10 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
A CANÇÃO DA SAUDADE
Que tarde imensa e fria!
Lá fora o vento rodopia...
Dança de folhas...Folhas, sonhos vãos ,
que passam, nesta dança transitória,
deixando em nós, no fundo da memória
o olhar de uns olhos e a carícia de umas mãos.
Ante a moldura de um retrato antigo,
põe-se a gente a evocar coisas emocionais.
Tolda-se o olhar, o lábio treme, a alma se aperta,
tudo deserto...a vida em torno tão deserta
que vontade nos vem de sofrer mais!
Depois, há sempre um cofre e desse cofre
tiramos velhas cartas, devagar...
É a volúpia inervane de quem sofre:
ler velhas cartas e depois chorar....
Que tarde imensa e fria!
Nunca mais te verei...Nunca mais me verás...
Lá fora o vento rodopia...
Que desejo me vem de sofrer mais!
OLEGÁRIO MARIANO
Lá fora o vento rodopia...
Dança de folhas...Folhas, sonhos vãos ,
que passam, nesta dança transitória,
deixando em nós, no fundo da memória
o olhar de uns olhos e a carícia de umas mãos.
Ante a moldura de um retrato antigo,
põe-se a gente a evocar coisas emocionais.
Tolda-se o olhar, o lábio treme, a alma se aperta,
tudo deserto...a vida em torno tão deserta
que vontade nos vem de sofrer mais!
Depois, há sempre um cofre e desse cofre
tiramos velhas cartas, devagar...
É a volúpia inervane de quem sofre:
ler velhas cartas e depois chorar....
Que tarde imensa e fria!
Nunca mais te verei...Nunca mais me verás...
Lá fora o vento rodopia...
Que desejo me vem de sofrer mais!
OLEGÁRIO MARIANO
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