quarta-feira, 3 de novembro de 2010

NOSSA ÚLTIMA POESIA

 NOSSA ÚLTIMA POESIA




Agora sem você e seu contato


choro e lamento, esse destino ingrato,


triste, tudo que tinha, a morte levou....


Sinto me morta, só, e desamparada,


fiquei sozinha, na solitária estrada,


não aceitando, o que o destino me roubou....


Adeus, felicidade,


no lugar, só há saudade,


não resta mais nada...






Durante toda a vida, soube te querer,


sabia, que era impossivel te esquecer,


Tanto amor, durante a vida, muito te quis


Como te amava! Mais, não consegui querer,


mas, infelizmente, teve que morrer,


matando me também....Agora sou infeliz...


Nesse mundo tão frio,


sem voce...Tudo vazio...


Ficou a cicatriz.






Queria que a alma, de ti não mais lembrasse,


que seu lindo nome, ninguem mais falasse,


queria paz no coração...Que ainda chora...


Seria bom, se esse sentimento terminasse,


pra que com voce, não mais sonhasse,


que sofresse menos, do que sofro agora...


Mas a vida vai,


lágrimas que cai...


quero, com voce, ir embora...






Mas voce foi...Não merecia essa sorte,


continuo te amando, após a morte,


será lembrado por mim, eterna fantasia...


Deus, como lamento, por que teve que ir?


E eu? Deixou me para vivendo seguir...


Não tenho mais quem tanto queria....


Findou a beleza....


Só rima com tristeza...


NOSSA ÚLTIMA POESIA....

domingo, 10 de outubro de 2010

A PRECE DO CÃO

A PRECE DO CÃO







Trata-me com carinho, meu amado mestre


´pois nenhum coração em todo o mundo


será mais agradecido que o meu.






Não tente me educar com pancadas,


pois embora eu possa lember-lhe as mãos entre um golpe e outro,


a sua paciência e compreensão ensinar-me-ão mais rapidamente


as coisas que espera que eu aprenda.






Fale-me muito, pois sua voz é múdica do meu mundo,


como pode perceber, pelos sacolejos de minha cauda,


quando ouço seus passos.






Quando o tempo está frio e chuvoso,


conserva-me dentre de casa, pois sou animal doméstico,


sem preparo para enfrentar as intempéries do tempo,


e a minha maior glória será o privilégio de sentar-me a seus pés.






Conserva minha vasilha com água fresca,


pois além de não poder reclamar quando ela está seca


também não posso dizer-lhe quando tenho sede.






E, mestre.


quando eu estiver bem velho


se o PODESO me privar de saúde e visão,


Por favor,


Não me vire as costas...


faça-me o bem de deixar que a minha vida


de dedicaçao e fidelidade,


possa se extinguir suavemente,


porém não me deixe sofrer ,


e eu o farei sentir


com meu último alento,


que sempre me senti seguro,


em suas mãos.


AMÉM



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A CANÇÃO DA SAUDADE

Que tarde imensa e fria!
Lá fora o vento rodopia...
Dança de folhas...Folhas, sonhos vãos ,
que passam, nesta dança transitória,
deixando em nós, no fundo da memória
o olhar de uns olhos e a carícia de umas mãos.
Ante a moldura de um retrato antigo,
põe-se a gente a evocar coisas emocionais.
Tolda-se o olhar, o lábio treme, a alma se aperta,
tudo deserto...a vida em torno tão deserta
que vontade nos vem de sofrer mais!
Depois, há sempre um cofre e desse cofre
tiramos velhas cartas, devagar...
É a volúpia inervane de quem sofre:
ler velhas cartas e depois chorar....
Que tarde imensa e fria!
Nunca mais te verei...Nunca mais me verás...
Lá fora o vento rodopia...
Que desejo me vem de sofrer mais!

                                       OLEGÁRIO MARIANO

                                           

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ORAÇÃO DA SERENIDADE

Concedei-me Senhor


A serenidade necessária


Para aceitar as coisas que não posso modificar.


Coragem para modificar aquelas que posso,


E sabedoria para conhecer a diferença entre elas.


Vivendo um dia de cada vez,


Desfrutando um momento de cada vez,


Aceitando que as dificuldades


Constituem o caminho à paz.


Aceitando como Ele aceitou


Este mundo tal como é


E não como queria que fosse.


Confiando que Ele aceitará tudo,
Contanto que eu me entregue a sua vontade


Para que eu seja razoavelmente


Feliz nesta vida


E surpreendentemente feliz com Ele,


Eternamente na próxima.


Que em tua vida haja suficiente fé para enfrentar as situações difíceis, junto.


Com a necessária humildade para aceitar/ o que não se pode mudar!

















terça-feira, 17 de agosto de 2010

FAMÍLIA JUCÁ

A familia JUCÁ, tem sua origem no Ceará. Com o tempo foram se espanhando por todo o Brasil e até no exterior. Sou carioca, mas encontramos por todo o Brasil.
Na foto uma árvore JUCÁ.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Poesia de Franisco Otaviano





Quem passou pela vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormedeu
Quem não sentiu o frio da desgraça
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem
Não foi homem
Só passu pela vida
Não viveu!...

domingo, 1 de agosto de 2010

Lolly, Lolita Catita

Lolly era uma cocker muito boazinha. Ela gostava de gatinhos e até dormiam juntinhos. Sinto saudades de vocês, amiguinha. Muita saudades.

Minha querida Naja cujo nome tomei para mim

Naja era uma cocker, assim como VICKY e LOLLY, muito inteligente e querida. As três foram para o lado do arco iris esperar por nós.

Um cartão

Um cartão zinho com a foto de minha filhinha do coração.

sábado, 24 de julho de 2010

O OLHAR DOS ANIMAIS







Vão pensar que eu só sei falar e pensar em animais. Estarão 50% corretos. Não posso impedir meus pensamentos.


Acontece que eu ia passando pelo Rio das Pedras, lugar bem pobre, mas que corta caminho para a Barra da Tijuca, no caso de ir-se pegar o tunel para a zona sul.


Meu marido dirigia e eu então apenas olhava para fora. Foi quando vi um cão preto mais ou menos do tamanho de um labrador. Era um SRD, pelo liso e orelhas abaixadas. Ele andava bem juntinho do muro com a cabeça arriada olhando para o chão. Não vi seus olhos. Todo o seu aspecto era de tristeza, de abandono. Me veio na mente um ser humano sozinho, abandonado triste por não ter ninguém. Isso existe muito , sabemos disso.


Não esqueci a cena, porque estava tão clara a tristeza daquee cão que se eu tivesse um quintal grande, certamete ele agora estaria de cabeça e orelhas em pé, num lar de quem o trataria com amor. Mas, infelizmente nao tenho nem quintal grande, nem saúde para fazer isso. Fico triste de pensar que algum dia ele pertenceu a alguém que o jogou fora feito lixo.Apesar de estar na rua, ele era bonito.


Costumo olhar bem nos olhos dos animais. Podemos ver a diferença entre um bicho que é bem tratado e amado do olhar de um abandonado ou até maltratado.


Eles não sabem falar, mas falam muito bem com os olhos. Não precisa muito esforço para se entender o que desejam dizer com os olhinhhos.
Tenho muita pena das pessoas que vivem na beira da miséria. Mas tenho também muita tristeza de ver um animal que não faz mal a ninguem nem em atos , nem em pensamentos como os seres humanos. Assim continuo na minha idéia, posso até estar errada, não sou dona da verdade, de que crianças e animais jamais deveriam sofrer absolutamente, nem ter doenças. Simplesmente não deveriam sofrer. Só posso dizer que a imagem daquele cão preto andando cabisbaixo pelo cantinho do muro, não me saiu da mente, e penso que deve ser muito triste, pois os animais tambem têm tristezas, não ter para onde ir, uma casa para voltar. Enfim, não tenho mais 20 anos, senão eu daria um jeito de colocá-lo na garagem de casa e em cima da garagem também. As coisas ficaram dificeis para mim e antes de fazer algo, tenho que pensar se poderei ir até o final. Espero que aquele cão tenha encontrado alguém bondoso que lhe ampare. Enfim....não se pode consertar o mundo e nem abraçar todas as causas que gostaríamos. Só resta pensar positivo para também não sofrer por não poder fazer nada. Pobres animais!!!

                                                              NAJA

DESPEDIDA

Despedida



Por mim, e por vós, e por mais aquilo


que está onde as outras coisas nunca estão


deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:


quero solidão.


Meu caminho é sem marcos nem paisagens.


E como o conheces ? - me perguntarão. -


Por não Ter palavras, por não ter imagem.


Nenhum inimigo e nenhum irmão.


Que procuras ?


Tudo.


Que desejas ?


Nada.


Viajo sozinha com o meu coração.


Não ando perdida, mas desencontrada.


Levo o meu rumo na minha mão.


A memória voou da minha fronte.


Voou meu amor, minha imaginação ...


Talvez eu morra antes do horizonte.


Memória, amor e o resto onde estarão?


Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.


(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão !


Estandarte triste de uma estranha guerra ... )


Quero solidão.

Cecília Meireles







sexta-feira, 23 de julho de 2010

NO CAMINHO COM MAIAKÓVSKI




NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI






Assim como a criança


humildemente afaga


a imagem do herói,


assim me aproximo de ti, Maiakósvki.


Não importa o que me possa acontecer


por andar ombro a ombro


com um poeta soviético.


Lendo teus versos,


aprendi a ter coragem.






Tu sabes,


conheces melhor do que eu


a velha história.


Na primeira noite eles se aproximam


e roubam uma flor


do nosso jardim.


E não dizemos nada.


Na segunda noite, já não se escondem:


pisam as flores,


matam nosso cão,


e não dizemos nada.


Até que um dia,


o mais frágil deles


entra sozinho e nossa casa,


rouba-nos a luz e,


conhecendo nosso medo,


arranca-nos a voz da garganta.


E já não podemos dizer nada.






Nos dias que correm


a ninguém é dado


repousar a cabeça


alheia ao terror.


Os humildes baixam a cerviz:


e nós, que não temos pacto algum


com os senhores do mundo,


por temor nos calamos.


No silêncio de meu quarto


a ousadia me afogueia as faces


e eu fantasio um levante;


mas amanhã,


diante do juiz,


talvez meus lábios


calem a verdade


como um foco de germes


capaz de me destruir.






Olho ao redor


e o que vejo


e acabo por repetir


são mentiras.


Mal sabe a criança dizer mãe


e a propaganda lhe destrói a consciência.


A mim, quase me arrastam


pela gola do paletó


à porta do templo


e me pedem que aguarde


até que a Democracia


se digne aparecer no balcão.


Mas eu sei,


porque não estou amedrontado


a ponto de cegar, que ela tem uma espada


a lhe espetar as costelas


e o riso que nos mostra


é uma tênue cortina


lançada sobre os arsenais.






Vamos ao campo


e não os vemos ao nosso lado,


no plantio.


Mas no tempo da colheita


lá estão


e acabam por nos roubar


até o último grão de trigo.


Dizem-nos que de nós emana o poder


mas sempre o temos contra nós.


Dizem-nos que é preciso


defender nossos lares,


mas se nos rebelamos contra a opressão


é sobre nós que marcham os soldados.






E por temor eu me calo.


Por temor, aceito a condição


de falso democrata


e rotulo meus gestos


com a palavra liberdade,


procurando, num sorriso,


esconder minha dor


diante de meus superiores.


Mas dentro de mim,


com a potência de um milhão de vozes,


o coração grita - MENTIRA!







terça-feira, 29 de junho de 2010

O OLHAR OD ANIMAIS


O OLHAR DOS ANIMAIS

Vão pensar que eu só sei falar e pensar em animais. Estarão 50% corretos. Não posso impedir meus pensamentos.
Acontece que eu ia passando pelo Rio das Pedras, lugar bem pobre, mas que corta caminho para a Barra da Tijuca, no caso de ir-se pegar o tunel para a zona sul.
Meu marido dirigia e eu então apenas olhava para fora. Foi quando vi um cão preto mais ou menos do tamanho de um labrador. Era um SRD, pelo liso e orelhas abaixadas. Ele andava bem juntinho do muro com a cabeça arriada olhando para o chão. Não vi seus olhos. Todo o seu aspecto era de tristeza, de abandono. Me veio na mente um ser humano sozinho, abandonado triste por não ter ninguém. Isso existe muito , sabemos disso.
Não esqueci a cena, porque estava tão clara a tristeza daquee cão que se eu tivesse um quintal grande, certamete ele agora estaria de cabeça e orelhas em pé, num lar de quem o trataria com amor. Mas, infelizmente nao tenho nem quintal grande, nem saúde para fazer isso. Fico triste de pensar que algum dia ele pertenceu a alguém que o jogou fora feito lixo.Apesar de estar na rua, ele era bonito.
Costumo olhar bem nos olhos dos animais. Podemos ver a diferença entre um bicho que é bem tratado e amado do olhar de um abandonado ou até maltratado.
Eles não sabem falar, mas falam muito bem com os olhos. Não precisa muito esforço para se entender o que desejam dizer com os olhinhhos.
Tenho muita pena das pessoas que vivem na beira da miséria. Mas tenho também muita tristeza de ver um animal que não faz mal a ninguem nem em atos , nem em pensamentos como os seres humanos. Assim continuo na minha idéia, posso até estar errada, não sou dona da verdade, de que crianças e animais jamais deveriam sofrer absolutamente, nem ter doenças. Simplesmente não deveriam sofrer. Só posso dizer que a imagem daquele cão preto andando cabisbaixo pelo cantinho do muro, não me saiu da mente, e penso que deve ser muito triste, pois os animais tambem têm tristezas, não ter para onde ir, uma casa para voltar. Enfim, não tenho mais 20 anos, senão eu daria um jeito de colocá-lo na garagem de casa e em cima da garagem também. As coisas ficaram dificeis para mim e antes de fazer algo, tenho que pensar se poderei ir até o final. Espero que aquele cão tenha encontrado alguém bondoso que lhe ampare. Enfim....não se pode consertar o mundo e nem abraçar todas as causas que gostaríamos. Só resta pensar positivo para também não sofrer por não poder fazer nada. Pobres animais!!!
TEXTO DE NAJA

segunda-feira, 28 de junho de 2010

EU AGRADEÇO VICKY


EU AGRADEÇO VICKY



(DEDICADO A MINHA QUERIDA E MUITO AMADA COCKER SPANIEL)



Eu agradeço pela sua vida
Agradeço pela sua amizade, fidelidade e dedicação.
Eu agradeço o modo de me receber quando voltava para casa
Agradeço seu olhar de amor infinito
Agradeço as brincadeiras que fazíamos juntas com bolinhas e os chinelos
Agradeço a demostração de alegria ao me receber
Seu olhar de ternura, sua personalidade forte.
Agradeço os doze anos que conjugamos uma amizade que nenhum ser humano
seria capaz de dedicar-me.
Sua doação completa.
Sinto muita falta, minha Vicky, de seu latido rouco
De sua inocência, minha pequenina
Sinto tanta falta de você e sentirei para sempre
minha queria VICKY, minha Vicotinha.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

NOITE ESCURA



NOITE ESCURA

Nenhuma luz, nada, no céu as estrelas não brilham mais, a lua escondeu-se, recusa-se aparecer. Tudo é silêncio. Pássaros negros aguardam nos galhos secos das árvores por suas refeições que ainda não morreram, mas a morte se faz presente na fome, na miséria, na sede, no caos. A garganta arde, a cabeça dói, já não existe mais esperança, tudo acabou em rápidos momentos. Então ....vem a paz, a grande paz sonhada, o final.

sábado, 12 de junho de 2010

MESMICE




mesmice

As pessoas apressavam-se em ir para
casa, tomar um banho quentinho e descansar após um dia de trabalho
exaustivo.
Ela pegou seu carro e sabia que ia enfrentar um trânsito lotado, engarrafamentos em vários pontos da cidade até sua casa. Ligou o rádio que mal ouvia, apenas para diversificar seus pensamentos para outro momento.
No trabalho era muito reservada, calma, calada e até tímida. Não tinha amigos, apenas colegas de sala. Não frequentava grupinhos para almoçar ou sair após o
expediente.
No principio alguns achavam que ela era anti social, e mal a cumprimentavam,
Mas com o passar do tempo, perceberam que ela era uma pessoa simples, muito
inteligente, mas com algum problema que não falava a ninguém.
Não era casada, seus pais haviam ficado em seu cidade de origem e ela veio sozinha tentar a vida no Sul. Falava inglês, francês e espanhol e esperava um emprego que pudesse viajar como secretaria executiva ou assistente. Era competente, então por que era sempre tão calada, tão triste? Às vezes tinha-se a impressão que ela estava longe, distante dali, como se fosse possível transportar-se para outro lugar onde,
quem sabe, estaria sua alegria!!
Na verdade, ela era um enigma para seus colegas de trabalho. Antes de subir para seu apartamento, ela fazia um rápido lanche na confeitaria perto e depois ia para sua cama, ligava a TV e via qualquer coisa até chegar o sono.
A vida era uma mesmice. Ela já estava cansada de tudo sempre igual. Sentia saudades de sua família, de sua Terra, dos amigos que havia deixado por lá e dos passeios pelos campos verdes, acompanhada por seu cão.
Certo dia recebeu uma carta de seus pais avisando que o lindo cão havia ficado doente e apesar de todos os esforços não resistiu e morreu.
Ela chorou muito por não estar junto dele e por saber que quando voltasse não o encontraria mais.
Já se fazia tarde, mesmo assim ela pegou o carro e foi dirigindo pela auto estrada até sua cidade. Foi visitar o túmulo de seu amiguinho. Passou três dias por lá, plantou um jardim em volta do túmulo de seu amigo, com flores coloridas, alegres como ele sempre havia sido com ela. Dentro de si, havia um grande vazio, saudade, indecisão sobre que atitude tomar na vida, ficar na cidade grande ou voltar para sua família em sua cidade natal.
Uma névoa, prenúncio de chuva fina começou a cair na serra e ela diminuiu a velocidade em que dirigia.
Acidentes acontecem. Um carro em alta velocidade derrapou e veio com velocidade para cima dela o que fez com que desgovernada batesse num muro de pedra de uma casa. A buzina ficou tocando com sua cabeça caída em cima até que os bombeiros a fizesse parar. No chão havia caído uma carta que foi lida por seus pais. Ela se despedida do emprego para voltar para casa definitivamente, sim...
Ela voltava, mas para junto de seu tão amado cão. Um irresponsável pos fim a uma vida com futuro, que ainda andava em busca de si mesma, em busca de seu equilíbrio.
O enterro foi simples, mas com muitas flores coloridas para faze-la feliz onde quer que fosse.

MESMICE

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ESTRELAS de Vladimir Maiakovsvy


ESTRELAS

Se as estrelas se acendem
será porque alguém delas precisa?
Por que alguém as quer lá em cima
será que alguém por elas clama
por esse brilho de pérolas
Sim!
Eis me aqui em tormentos
ao raiar desse sombrio dia
no âmago da poeira desta galáxia.
Sim, eis-me
A beira do precipício
a espera de um sinal celestial
Sim, eis-me aqui
na quase certeza do fim das horas
na ânsia do beijo perdido, partido!

Imploro!
Preciso absolutamente
duma estrela lá no alto

Juro
Eu não posso mais suportar
a tortura de um céu sem estrelas!

Levanto-me entre anseios e cambaleios
na certeza insana do passo firme
e um falso sorriso ao transeunte
“Bom Dia” espaça pelo canto do lábio
dissipando-se a dor no orvalho matinal

Escutai, pois!
Se as estrelas se acendem
é porque alguém delas precisa

Na verdade, cada noite,
é indispensável que
sobre todos os tetos,
uma única estrela, pelo menos, se alumie.
VLADIMIR MAIAKOVSKY

ENCONTRO CASUAL


ENCONTRO CASUAL


Um encontro casual; uma troca de
olhares profundos em poucos momentos
em determinado dia que saía do trabalho
para casa. Caminhava para
o estacionamento, devagar, sem pressa,
havia tido um dia satisfatório, e estava
satisfeita comigo mesma. Em minha
direção ele vinha caminhando também
a passos largos, porém sem pressa. Por
um instante nossos olhos se fixaram e vi
naqueles olhos negros, uma beleza e um
brilho diferente, e senti que meus olhos
também o fitaram com a mesma intensidade.
Espantada, pela beleza do olhar, curiosa,
olhei para trás e ele estava parado me fitando.
Caminhei para a garagem e saí. Ao passar por
ele, recebi um lindo sorriso e um aceno. Sorri
e dei um toque na buzina. Meu coração disparou
pelo desconhecido, e não entendi o porquê.
No dia seguinte, se coincîdência ou não, lá estava
ele no mesmo lugar, mas um pouco mais perto
da entrada da garagem.
Desta vez pude ver seus olhos bem mais perto
e senti um calafrio percorrer meu corpo. Fitei
seus olhos e foi como se falássemos um com o
outro sem dizer palavra. Em seus lábios um
ligeiro ar de sorriso o que o tornava muito
mais bonito. Estava fascinada por aquele
estranho, moreno, alto, magro, seus cabelos
muito finos caíam um pouco na testa, muito
negros; ele era um homem de chamar a atençaõ
e ainda porque parecia ser muito simples e até
um pouco timido.
Tivemos vários desses encontros casuais,
e sempre ao passar por ele de carro, acenava
como se fõssemos velhos conhecidos. Neste dia,
jogou um beijo com a mão e eu respondi ao aceno.
Foi no sinal da semana que aconteceu. Eu já
caminhava em direção a garagem e ele veio
andando vagarosamente em minha direção.
Eu, com o coração aos pulos fui andando para
perto dele, e nossos olhos, apenas nossos olhos
se fitavam intensamente. Quando ficamos perto,
ele me abraçou ternamente, sem dizer palavra,
acarinhou meus cabelos e com suavidade e muita
ternura me beijou. Nesse instante me senti fora do
chão. Não sentia nada, não ouvia nada em volta,
apenas me deixei envolver pelo seu beijo doce, meigo, carinhoso.
Depois com um abraço forte, olhou fixamente em
meus olhos e com uma voz rouca, emocionada e
baixinho disse que na semana estaria ali novamente e conversaríamos.
Em seu olhar, em suas palavras, seu jeito de me
abraçar, havia algo de tão sincero, fantásticamente
original e eu nunca tive uma experiência desse jeito.
Estava alí o homem que sonhara encontrar, seu
tipo, seu beijo, seu abraço, aqueles olhos significativos,
tanta a emoção que me passou!
No caminho de casa fiquei pensando no acontecido,
não sabia seu nome, não sabia quem era. Provavelmente trabalhava por ali também. Usava terno, bem vestido,
o tipo que , apesar do calor parecia ter acabado de
tomar banho. Mesmo assim, sem estar acostumada
com situações assim, na segunda feira ao chegar
para o trabalho, mudei de garagem. Mudei para
outra entrada em que por isso teria que dar uma
volta , fazer um retorno para pegar a minha
avenida, pois aquela era a saída que dava para
a zona sul. Ao subir o viaduto o vi. Ele estava lá,
parado no mesmo lugar a minha espera. Tola
que fui.
O vi lá naquela entrada da garagem por umas
duas semanas, até qeu ele desapareceu. Desistiu, certamente. Pois ele sumiu.
Não esquecerei jamais esse episõdio em minha
vida e minha estupidez em jogar fora um sonho
que poderia ter realizado e por temer...abandonei.
Ainda consigo ver aqueles olhos e aquele sorriso
sincero, doce e meigo. Mas não soube aproveitar
e sem mesmo entender, fugi do que poderia ser
minha alegria, a alegria e a possibilidade de ter
um amor de verdade.
Mas o medo de novo sofrer me fez fugir do que
poderia ser bem diferente.
Durante uns poucos dias fiz o mesmo trajeto,
mas ele nunca mais apareceu.
Ficou para mim como se tivesse sido um sonho.
Um sonho muito bom e que ao acordar nada havia
realmente.
Por medo de sofrer,,,sofri. Não tive coragem de
arriscar e sozinha fiquei...nunca mais o vi.

MÃE, MINHA MÃE QUERIDA



Mãe, minha mãe querida

Hoje não te tenho mais. Partiste, foste com toda a resignação de quem crê em Deus, em uma Paz futura, sem remorsos, pois não os tinhas. Eras boa, eras mãe amiga; mãe, tú era meu Norte, meu descanso, minha paz, minha coragem. Sempre impulsionando-me para um futuro de glórias.
Fizeste teu papel na Terra, cumpriste tua missão e partiste sem reclamar.
Custei a acreditar que tinhas ido; para mim, era um pesadêlo em que estava demorando para acordar.
Nunca pensei que fosse resistir se te perdesse.
Te perdi, mãe querida, no entanto, tu continuas a existir através de teus ensinamentos, da lembrança que deixaste com tua meiguice, doçura, tua voz suave e calma.
Lembro-me ainda de tua emoção, quando algo de triste me acontecia. Teus olhos enchiam-se de lágrimas, embora tua boca só dissesse palavras de conforto e ânimo.
Mãe querida, tu foste para junto dos anjos, aliás eras um deles, mas ainda ficarás comigo, em meu coração, até que possa te reencontrar. Mãe, minhas sinceras saudades...te amo.

Naja
Publicado no Recanto das Letras em 01/11/2006
Código do texto: T279561

ESCUTA MEU CHAMADO


ESCUTA MEU CHAMADO

Estejas onde estiveres
Escuta meu chamado
Escuta minhas palavras
que peço ao vento para espalhar.

Ouça quando te chamo
Em meus dias melancólicos
Nas noites insones, madrugada a sós
No alvorecer do dia, ouça minha voz.

Vem amor, vem ouvir o que tenho
para te dizer
Vem sentir minha ternura, meu calor
Escuta, mesmo ao longe, o cantar do vento
a te dizer do meu amor.

Sou eu quem te chama, sou teu amor
Sou eu que ainda te espera
Sou aquela que jamais conseguiu dizer
ADEUS...

NAJA

sábado, 5 de junho de 2010

RÉQUIEM PARA UM SONHO


Um sonho vivido
tão dolorido por
tantos anos idos
já não suporto mais.
Deixa que vá em paz
através do mar em
ondas que levam e tráz.
Tráz descanso na alma e
no coração a perseverança
de um dia bater sem dor
e adormecer na imensidão
da esperança de total paz!!!

Naja
Publicado no Recanto das Letras

MEU CANTO DO SIL~ENCIO


MEU CANTO DO SILÊNCIO

Daqui desta varanda sonhada
Entre árvores floridas e verdes pastagens
Ouço o canto de pássaros nos galhos
E sinto o cheiro gostoso da relva molhada.

Ao cair da tarde, quando se inicia o silêncio
Os animais se recolhem em seus cantos achados
Os trabalhadores vão rumo as suas moradas
Fico aqui no deleite de meus sonhos dourados.

Quando a noite chega, silenciosa e calma
Quando as luzes se apagam para o repouso
Posso ver milhões de estrelas brilhando e piscando
Como se quisessem dizer-me, continue sonhando...

Fico aqui, ouvindo o murmúrio das águas do rio
Que mesmo ao longe entoa sua canção
Meu pensamento voa para muito longe
Sem perceber, vejo-me calma e fortalecida
De tantos sonhos sonhados, mas nenhum realizado.

Naja

INVERNO DA MINHA VIDA


Na Primavera da minha vida
Vivia sorrindo no meio das flores
Cantava, sonhava com os belos dias
Que viveria em tua companhia.

No outono, já cansada da lida
Sem perspectiva na vida
Vivia feito sombra, apagada
Feito as folhas amareladas
Despedaçadas pelo chão.

Ah!! Inverno tão desalmado
Chegou antes do tempo certo
Pegou-me com dores e mágoas
Sem forças, sem direção...

Meu rosto cansado, molhado de lágrimas
Olhos sem brilho, alma desvalida
Vai vivendo neste torpor
Sem esperança de te ver, meu amor.

Naja

CONVERSA DE UM CÃO


CONVERSA DE UM CÃO


Meu nome é Mike. Moro numa casa com mais onze irmãos iguais a mim...quer dizer, parecidos comigo porque aqui tem duas cockers e uma maltês que são muito, muito metidas. Vão ao Petshop tomar banho, cortar as unhas e ainda voltam com lacinhos cor de rosa.
Eu e meus irmãos, tomamos banho quentinho, no banheiro de empregada.
Acreditem que eu e meus irmãos temos patas e essas outras metidas têm "pés de grilo". Eu entendo assim, já que não conheço essas linguas esquisitas. Não vejo nenhuma delas com os tais "pés de grilo", muito pelo contrário; elas têm patinhas peludinhas. Por causa desse tal "pé" elas se acham o máximo.
Tinha uma cocker com "pezinho de grilinho" que era muito quietinha. Só andava atrás de nossa mãe e não deixava ninguém chegar perto. Essa coitadinha foi morar com os anjos do céu e minha mãe, desde então, anda muito, mas muito triste. As vezes, eu percebo que ela está chorando!!
O que eu queria deixar bem claro, é que tem humanos tão desumanos que nos maltratam quando estamos na rua, fazem todo tipo de maldade. Em contrapartida, há humanos "bem humanos" que nos acolhem e nos tratam também como se tivéssemos "os tais pés de grilo". Aqui em casa é assim. Temos tudo do melhor, casinha protegida do sol e chuva, água fresquinha, ração de boa qualidade e muito, mas muito amor. Quando estamos doentes, minha mãe ou meu pai nos levam ao veterinário. Isso é insuportável. Não gostamos nada deles, mas meus pais dizem que é preciso...
Na verdade, vou contar um segredo para vocês. Esses humanos bonzinhos pensam que são nossos donos, mas não é verdade. Nós é que somos seus donos. Afinal, nós é que escolhemos quem vai nos dar educação, nos ensinar boas maneiras e a obedecermos à primeira palavra de um deles. Depois eles sabem, que até nossa vida daremos por eles,se necessário for.
Minha mãe, a dona dela era aquela "pezinho de grilinho" que foi morar no céu. Acreditem que minha mãe saía somente o super necessário, pois sabia que "pezinho" ficaria na porta esperando até ela voltar. Isso quando nossa mãe não podia levá-la.
É muito bom quando encontramos esses humanos "muito humanos" pois nos acolhem e passamos a ter um lar, um nome e deixamos de ser xingados de "vira-latas". Que coisa feia!!! Passamos a ter amor, carinho e respeito.
Espero que mes irmãos, cães ou gatinhos que ainda estão na rua sem lar, achem em seus caminhos um "humano, bem humano" que os acolha e lhes dêem um cantinho protegido do sol, frio, fome, sede e chuva.
Eu e meus irmãos, até as "pes de grilo" todas simpáticas, lhes deixamos carinhosos au au e várias lambidinhas de amor sincero.
De um cão muito feliz cujo nome agora é MIKE.

---Mike faleceu, após um ano conosco, com osteosarcoma, em 30 de junho desde ano de 2006.
NAJA

terça-feira, 1 de junho de 2010


Querido Deus, agradeço-te por este dia.


Por poder ver e ouvir esta manhã.
Sou abençoado porque és um Deus compreenssivo e de perdão. Tens feito
tanto por mim, abençoando-me a cada dia. Perdoando-me por tudo que tenho
feito, dito ou pensado que não seja agradável a ti.Mantém-me seguro,
afastando de todo perigo. Ajuda-me a começar este dia com uma nova atitude
e muita gratidão. Permita-me sempre fazer o melhor a cada dia. Não deixa
eu me atormentar das coisas sobre as quais eu não posso modificar. Sei que
quando não oro, tu escutas o meu coração. Continua utilizando-me para
fazer a tua vontade, abençoa-me para que eu possa abençoar outras
pessoas. Mantém o meu ânimo elevado para que eu possa ter palavras de
consolo para outro. Peço-te pela PAZ, o AMOR e a ALEGRIA dentro das
pessoas e das famílias, ajudai-me a superar todas as dificuldades
Venha suprir , Senhor, todas as minhas necessidades.
Rogo-te para a minha fé jamais se acabe de que eu possa ter sempre a
certeza que:
NÃO HÁ PROBLEMA, BATALHA, CIRCUNSTÂNCIA ou SITUAÇÃO
MAIOR QUE TU, SENHOR

Esta é minha oração em nome do Senhor JESUS! AMÉM!
Autor desconhecido



Oração retirada do blog de Nandério

domingo, 30 de maio de 2010

ORAÇÃO DOS DESESPERADOS

ORAÇÃO DOS DESESPERADOS

Que a pele escura
Não seja escudo para os covardes,
Que habitam na senzala do silêncio,
Porque nascer negro é conseqüência
Ser
É consciência

Dói no povo a dor do universo
Chibata, faca e corte
Miséria, morte
Sob o olhar irônico
De um Deus inverso
Uma dor que tem cor
Escorre na pele e na boca se cala
Uma gente livre para o amor
Mas os pés fincados na senzala.
Dói na gente a dor que mata
Chaga que paralisa o mundo
E sob o olhar de um Deus de gravata...
Doença, fome, esgoto, inferno profundo.
Dor que humilha, alimenta cegueira
Trevas, violência, tiro no escuro
Pedaço de pau, lar sem muro
Paraíso do mal
Castelo de madeira.
Oh! Senhores
Deuses das máquinas,
Das teclas, das perdidas almas.
Do destino e do coração!
Escuta o homem que nasce das lágrimas
Do suor, do sangue e do pranto,
Escuta esse pranto
(Que lindo esse povo!)
(Quilombo esse povo!)
Que vem a galope com voz de trovão
Pois ele se apega nas armas
Quando se cansa das páginas
Do livro da oração.

Autor: Sérgio Vaz

sexta-feira, 28 de maio de 2010

QUISERA

< QUISERA



Quisera se um pássaro
voar até você, e sugar
o néctar de seus lábios.
Quisera ser um vento suave
para desmanchar seus cabelos.
Quisera ser aroma de flores
para perfumar onde passasses.
Quisera ser chuva fina
para molhar seu rosto
e enxugar com meu calor.
Quisera ter o poder de
mudar nosso destino
e voltar para você!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

TRISTEZA

TRISTEZA

Perdoem a minha tristeza
Essas lágrimas amargas
Nesses olhos já sem beleza
Perdoem por ser infeliz

Como costumam dizer a mim
Eu mesma , enfim, a mim o fiz
Perdoem não é por querer!

penas por ter perdido
A razão de viver!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CANÇÃO DE OUTONO

CANÇÃO DE OUTONO
CECÍLIA MEIRELES
Perdoa-me , folha seca
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o coração?
E não pude levantá-la!
Choro pelo qie não fiz
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força, estão
velando e rogando àqueles
que não se levantarão.
Tu és a folha de outono
voando pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ORAÇÃO CELTA

ORAÇÃO CELTA

Que reconheças em tua vida a presença,
o poder e a luz da tua alma.
Que compreendas que nunca estás só,
que a tua alma, com seu brilho e vínculação,
te liga intimamente ao ritmo do universo.
Que tenhas respeito por tua individualidade e diferença.
Que compreendas que a confirmação da tua alm aé única.
que tens um destino especial aqui,
que por trás da fachada da tua vida
existe algo belo, bom e eterno aconecendo.
Que aprendas a ver-te com a mesma alegria,
orgulho e expectativa
com que Deus te vê a cada momento.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

SONETO LXV DE SHAKESPEARE




Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar
Pode sobreviver a formosura
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte asédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que m]ão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor!...
















ONDE ESTÁS FELICIDADE?

ONDE ESTÁS FELICIDADE?


Onde te econtrarei felicidade?
Será no desabrochar de uma rosa,
No canto dos pássaros pela manhã
No sorriso das crianças
No céu brilhante de estrelas
Ou nos raios prateados do luar?
Em que ponto deste mundo poderei te achar?
Nas lembranças sentidas de um
passado explendoroso,
Onde a vida toda sorria para mim?
O passado foi lindo , mas não volta.
E hoje felicidade, onde posso te buscar.
Dizem que estás dentro de mim...
Mas como? Se estou ôca, vazia!!
Quero te sentir agora, hoje, neste instante
Te busco na imensidão do azul do mar
Cruzo a linha do horizonte e ali tudo termina
Não paro com meu olhar
Procuro tanto por ti, quero ser feliz
Acho que chegas junto com o amor
O que será que houve comigo
Será que não posso te achar
Porque eu mesma
Já não sei amis amar?

Autora: NAJA

LÁGRIMAS OCULTAS



LAGRIMAS OCULTAS
DE FLORBELA ESPANCA


Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida.


E a minh triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!


E fico pensativa, olhando o vago..
Toma a brancura plácida dum lado
O meu rosto de monja de marfim....

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!...



terça-feira, 27 de abril de 2010

RETRATO de Cecíia Meireles

RETRATO


"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo
Eu não tinha estas mãos sem força
tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança
tão simples, tão certa, tão fácil;
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Poesia de Cecília Meireles