quarta-feira, 28 de abril de 2010

SONETO LXV DE SHAKESPEARE




Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar
Pode sobreviver a formosura
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte asédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que m]ão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor!...
















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